Seminário orienta pessoas que atuam no lixão a manter filhos na escola
Crianças e adolescentes, filhos naturais ou adotivos de pessoa que atuam diariamente no lixão de Itabuna, participarão de um seminário nesta quarta-feira, dia 3, das 8 às 12h30min, na Escola Avelina Sandes de Aquino, que funciona no próprio aterro, promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social (SAS). No mesmo local e horário, porém em ambientes diferentes, os pais ou responsáveis, também estarão participando de palestras e oficinas.
Com a participação de assistentes sociais, educadores e nutricionistas os eventos terão como foco o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e outros temas relacionados e vão destacar a importância da frequência escolar de seus filhos e o seu resultado como instrumento de transformação social. De acordo com a coordenadora municipal do PETI, Ana Maria Neres, o seminário integra uma a segunda etapa da ação desenvolvida pela Secretaria Municipal de Assistência Social no combate ao trabalho infantil.
Em novembro do ano passado, técnicos da SAS visitaram o lixão e iniciaram mais uma etapa da campanha de esclarecimento sobre as consequências do trabalho infantil para crianças e adolescentes em idade escolar. O PETI é um programa do Governo Federal, desenvolvido em parceria com as prefeituras, que visa erradicar todas as formas de trabalho de menores de 16 anos e garantir que frequentem a escola e atividades socioeducativas.
No ano passado, 60 crianças em situação de risco integraram o programa em Itabuna. De acordo com especialistas, à medida que os números do trabalho infantil vão diminuindo, fica mais difíceis encontrar locais onde menores atuam irregularmente sem que sejam menores em idade de aprendizes como previsto em Lei.
“A ação tem sido diuturna, demandando mais esforços não só da inspeção do trabalho, mas intensificando a conscientização em locais de risco. Daí a iniciativa de buscar promover no lixão de Itabuna medidas de proteção às crianças e de esclarecimento aos pais”, finaliza Ana Maria Neres.